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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

VIDA E TEORIAS DE SIGMUND FREUD


Sigmund Freud, médico psiquiatra e pensador austríaco, especializado em doenças mentais, elaborou empiricamente um novo método de investigação mental, a PSICANÁLISE, uma teoria do funcionamento da mente humana, que utiliza um método exploratório de sua estrutura, que se destina a tratar de comportamentos compulsivos e doenças de natureza psicológica, expôs os mecanismos de repressão dos impulsos sexuais, impostos pela educação do indivíduo em sociedade.
Exerceu sua carreira exercendo o magistério e a clínica, especializando-se em neurologia, ao seguir os Cursos de Jean Martin Charcot em Paris, interessou-se especialmente por suas teorias sobre a histeria. Através do recolhimento de várias fontes, compôs sua teoria, baseando-se nas descobertas do médico austríaco Josef Breuer, com o qual realizou experiências sobre pacientes histéricas, com base na doutrina platônica e do pensamento filosófico de Scopenhauer, Freud consolidou os postulados da Psicanálise através da prática clínica.
Em 1860 em virtude da falência do pai, aos 4 anos teve que mudar-se para Viena. Aos 9 anos entrou para a escola onde obteve um aproveitamento acima da média. Em 1873 matriculou-se matriculou-se na Universidade de Viena, estudou primeiro Filosofia, depois adquiriu interesse pela Medicina e partindo daí, especializou-se em Fisiologia Nervosa, onde a prática diária faria com que, ele adquirisse subsidios que o ajudariam a conhecer a mente humana. Acredita-se que Freud deve à Filosofia a inspiração pela sua doutrina, muito mais do que a atrasada Fisiologia Nervosa do seu tempo.
Ao obter uma bolsa para trabalhar no Laboratório de Fisiologia Marinha do Trieste, estudou os órgãos sexuais das enguias e publicou "Observações sobre a configuração e estrutura fina dos órgãos lobados das enguias descritos como testículos". Na verdade esse seria um tema (sexo) que futuramente distinguiria-se na Psicanálise.
Concluiu seus estudos de Medicina em 1881, e no ano seguinte preocupado com sua situação financeira, Freud deixou sua função no Instituto e tornou-se médico no Hospital Geral de Viena, interessou-se por um caso relatado por Josef Bauer, cuja paciente era Bertha Pappenhaim cujo nome na ficha médica era "Fraulein Anna 0", que com somente 21 anos era hipocondríaca e depressiva e que em alguns momentos acreditava estar paralítica, não conseguia beber água mesmo estando com sede, sentia-se incapaz de falar seu idioma (alemão) e usava francês ou inglês para comunicar-se . Ao ser submetida à hipnose por Brauer, relatava casos de sua infância e sentia-se bem depois desse processo.
Freud impressionado com a propriedade terapêutica da conversa durante o estado hipnótico, aproveitou uma bolsa de estudo que lhe foi dada pelo governo e passou algumas semanas em Salpetriere (hospital público em Paris, um centro médico dos mais conhecidos a nível de tratamento de saúde mental, que tinha como propósito a inernação de pobres vagabundos da cidade, servia de lugar para reclusão das mulheres denunciadas por deus maridos aos padres). Aprendeu com Charcot as técnicas de hipnose, porém teve sucesso em sessões de conversa com pacientes, sem a utilização da hipnose.
Em 1890 passou a fazer anotação dos seus próprios sonhos, acreditando que forneciam pistas de atividades inconscientes, em meados dessa década ele já se auto-analisava. Entre os anos de 1892 e 1895, substituiu a hipnose pelo divã, (um sofá), onde o paciente ficava deitado e relaxado em uma posiçao confortável lembrando e contando sobre os traumas que possivelmente seriam os responsáveis pelos seus problemas. Com o paciente em estado de relaxamento, Freud conduzia com ele uma associação de idéias, onde encontravam lembranças recalcadas que seriam a causa dos seus disturbios psicológicos. Formulando a partir desse principio a teoria de que os sintomas histéricos tem sua origem na energia dos processos mentais, que impedidos de de influenciar a consciência desviam-se para a inervação do corpo e transformam-se nesses sintomas. Em decorrência das experiências traumáticas relatadas por seus pacientes, Freud convenceu-se de que o sexo era parte dominante da origem das neuroses, passando a considerar o desejo sexual, a única motivação direta ou indireta do comportamento humano. Essa teoria provocou o afastamento de Brauer e de vários colegas seus.
Sua principal obra "A interpretação dos Sonhos" ( Die Traumdeutung), publicado em 1900, em parte analisa sonhos, tem autobiografia e análise de sonhos. Retrata um mecanismo de "fusão de uma pessoa em outra", detalhamento minucioso do tema onírico, explica como representam a realização do desejo, descreve o Complexo de Édipo, e enfatiza a importância da infância no condicionamento da vida adulta. Temas que escandalizaram o meio médico de Viena. Freud divulgava seu pensamento mal acabado sobre o problema sexual das crianças que ele afirmava estarem sujeitas a desejos sexuais, cujo objeto desse desejo frequentemente eram os pais. Passou por diversos processos de tentativa de sustentação de sus teorias e do reconhecimento da parte representada pela sexualidade no Complexo de Édipo.
No século XVII apareceram os sintomas de sua doença e Freud suavizou seu destaque ao instinto sexual como a força que movia o comportamento, publicou vários livros, entre eles "O Ego e o Id", onde o Ego trata da realidade do mundo exterior e o Superego é o inibidor dos instintos, uma espécie de vigilante da alma em uma doutrina Platônica.
Ateu e materialista, para Freud o homem é o que ele é, nada que ele faz é casual ou acidental e não é perfeitamente livre ou racional, ele obedece causas inconscientes. Que a força que orienta seu comportamento está no instinto sexual que não se apresenta no homem de forma consciente, devido arepressão inconsciente. Essa teoria reforçava o pensamento de Scopenhauer, de que "Uma vontade Universal soberana e cega deseja a sobrevivência da espécie e isso tudo se traduz no sexo".
Faleceu em 1939 depois de asilar-se doente na Inglaterra.
Na verdade pode-se observar que Freud desenvolveu uma livre associação, dando oportunidade para que seus pacientes lhes dissesse o que lhes vinha à mente, usando essa técnica como análise dos sonhos e também ajudando seus pacientes a expressarem livremente seus desejos e experiências reprimidas, a importância que Freud destacou no poder do inconsciente, estendeu nossa visão da natureza e da sexualidade humana e abriu caminho para a psicoterapia, que processa a busca do conhecimento, do desenvolvimento pessoal e principalmente de ajuda.



Texto apresentado por Sônia Maltez, acadêmica do curso de Licenciatura em História da Faculdade Tecnológica do Pará- FACETE